quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Casinha Boutique Café
































A Casinha está aberta há quase um ano e meio e tem feito jus ao seu nome.
Não é um café como outro qualquer e é por isso que o quero dar a conhecer. O espírito da Casinha é fazer com que nos sintamos verdadeiramente em casa e portanto todo o espaço é muito acolhedor.
Situado na Avenida da Boavista, uma das zonas mais caóticas da Invicta, a Casinha faz com que toda a confusão seja deixada para trás. Quando entramos pela grande porta azul daquele belíssimo edifício do século XIX, é como se estivéssemos a entrar na casa dos nossos avós. Atravessamos o corredor repleto de azulejos e escolhemos onde queremos ficar. Se queremos uma fatia de cheesecake, que dizem ser o melhor do mundo, ou as deliciosas bolachas artesanais, então podemos ficar mesmo ao lado da cozinha. Se o que queremos mesmo é descontrair ou até mesmo estudar e trabalhar, então vamos aproveitar o cantinho de leitura. Mas a Casinha não fica por aqui. Se o dia é quente e o clima assim o convidar, o ideal é mesmo aproveitar o sol no jardim das traseiras.
Se o espaço já nos faz querer ficar, então a variedade de coisas que tem para oferecer colam-nos à cadeira onde estamos sentados. Dos cafés quentes e frios, às quiches, aos bolos e aos gelados com sabores de outro mundo, como é o caso do Oreo ou do Snickers,  a Casinha faz tudo da forma mais artesanal possível. E o melhor é que concilia a riqueza dos produtos portugueses aos sabores daquilo que melhor se faz lá fora.
De portas abertas de manhã à noite, esta Casinha é, sem dúvida, um local a visitar. Aproveitem o fim de semana e vão com a cara metade ou até mesmo com amigos. Tenho a certeza que vai ser uma tarde bem passada, entre conversa, gargalhadas e um ambiente acolhedor.
E como diz o seu lema: "A qualquer dia, a qualquer hora".

Avenida da Boavista, nº 854
Porto

A presto,

Filipa

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Verão de São Martinho



























O fim de semana não podia ter corrido melhor.
Foram dois dias para repor energias, aproveitar este sol maravilhoso e comer castanhas, muitas. Foram dois dias para respirar o ar puro no Douro, estar com os amigos, conversar e rir às gargalhadas. Foram dois dias para comer bem, muito bem, relaxar com a paisagem e deixar passar os dias sem pensar nas horas.
E agora mais uma semana de trabalho pela frente!

A presto,

Filipa

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Ayres Bespoke Tailor

































Foi num dia cinzento e chuvoso de Outono que me dirigi até ao atelier, carregada de máquinas, microfones e tripé, para conhecer e entrevistar o homem por trás deste projeto. O que seria uma entrevista para um trabalho da faculdade rapidamente se tornou numa conversa informal. E foi muito bom poder conhecer o Ayres, o rapaz/senhor de camisa verde e de gargalhada contagiante, não só pela sua história mas também porque é uma prova viva de que a persistência acaba um dia por trazer frutos.
O Ayres nasceu e cresceu no mundo da alfaiataria. Neto de um dos melhores alfaiates portugueses, Ayres Carneiro da Silva, passava grande parte do seu tempo no sítio onde tudo acontecia: a loja do avô. O ambiente do “corta e cose” entre costureiras e alfaiates despertaram a sua atenção e, um dia, decidiu que este era também o rumo que queria para o seu futuro. Decidiu, então, partir numa aventura pelo estrangeiro para aprender mais.
A primeira paragem foi em Madrid, mais concretamente na La Confianza” [Escuela Superior de Sastreria]. Aqui aprendeu e aperfeiçoou a sua técnica.  Dois anos depois, rumou à capital britânica onde trabalhou na famosa rua londrina dedicada à arte da alfaiataria: Savile Row. Foi nesta temporada que Ayres teve um dos marcos cruciais da sua carreira profissional, uma vez que teve a oportunidade de fazer um fato para o Príncipe Carlos. Quando falei sobre este assunto, a reação não poderia ter sido mais genuína. Já contei essa história mil e uma vezes e posso contar mais mil e uma. Sei que vou ter oitenta anos e ainda vou contar essa história.”
Mas nem só de príncipes ingleses vive a sua carreira. Ayres passou também pela cidade que nunca dorme, Nova Iorque, onde trabalhou na Michael Andrews Bespoke, e ainda por Hong Kong.
Aprendeu a técnica. Conheceu a realidade dos ateliers. Adquiriu experiência. E uma vez que a sua ideia foi, desde sempre, “aprender fora do país para aplicar cá dentro”, Ayres voltou e abriu o seu atelier no Porto.
Pequeno mas acolhedor, o atelier chega para o trabalho que é diariamente desenvolvido. Os protagonistas são as máquinas de costura, os tecidos, as tesouras, as linhas e até os sapatos. Isto porque Ayres decidiu desenvolver o negócio para o calçado. E o motivo foi muito simples. Quando fazia fatos para noivos, os clientes perguntavam “E agora os sapatos?”. E assim viu no calçado uma oportunidade.
Mas desengane-se aquele que pensa que o alfaiate é só para homens. Ayres também recebe mulheres e portanto o negócio passa pelos dois sexos. Também aposta na formação, portanto para quem gostava de saber mais sobre esta arte pode ter aulas no atelier.
Aconselho seriamente que lhe façam uma visita. O atendimento é feito por marcação e tenho a certeza de que não se vão arrepender. Afinal, ter uma camisa feita por medida e especialmente para nós não é a mesma coisa do que a camisa comprada no centro comercial que todos os que passam por nós na rua também podem ter.
Para além do atelier no Porto, o Ayres tem agora um novo em Lisboa que está prestes a abrir portas. Podem saber mais, aqui.

A presto,

Filipa

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Ciao Roma, ti voglio bene




































Viver um ano fora foi uma das melhores experiências da minha vida, senão a melhor. E se a ideia por si só já é fantástica, poder fazê-lo num dos meus países de eleição tornou a experiência perfeita. Estou a falar da bella Italia, um país rico em todos os aspetos: na gente, na cultura, na gastronomia, na paisagem natural. Enfim... na sua essência.
Mais concretamente, foram dez meses a viver em Roma ou, como lhe chamam, a "cidade eterna". E é mesmo eterna, pelo menos para mim sempre será, porque foi um prazer viver no ambiente caótico mas mágico desta cidade. 
É óbvio que não me poderia esquecer dos símbolos que a caracterizam: a grandeza do Colosseo, o romantismo de atirar a moeda na Fontana di Trevi, explorar cada recanto da Villa Borghese, perder-me na multidão das piazzas, passear pelas lojas de alta costura na Via Condotti ou até mesmo fazer uma visita ao Papa na Piazza San Pietro porque afinal "ir a Roma e não ver o Papa...".
Mas acima de tudo isso estão todos os momentos e todos os amigos que lá fiz e que para sempre vou recordar. Porque Roma é isso mesmo: é viver ao máximo cada momento e aproveitar como se fosse o último. Quem viveu ou por lá passou sabe que em Roma é imperativo fazer jus ao dolce far niente.
Portanto, para mim, acima dos monumentos e das atrações, está este espírito que nenhuma outra cidade tem e alguma vez terá. "Em Roma, sê romano". E eu fiz por ser. 
Já são muitas as saudades destes tempos. Dos tempos em que falava e gesticulava como uma italiana (ou pelo menos tentava). Dos tempos em que ria e cantava nos serões ajantarados do meu lar doce lar. Dos tempos em que em Roma estava já um frio de rachar mas a vontade era tanta que combatia o caminho a pé com o pensamento de que tudo vale a pena por um cappuccino e um cornetto. Dos tempos em que explorava cada rua e  cada viela estreita de Trastevere e acabava sempre numa trattoria acolhedora a comer uma bela pizza ou uma pasta. Dos tempos em que estavam quarenta graus e a única solução era um maravilhoso gelato. Dos tempos em que falava dos projetos para o meu futuro e no qual a pergunta crucial era "Onde vamos estar daqui a dez anos?". Tudo isto e muito mais. Dez meses fantásticos, impossíveis de esquecer.
Se alguma vez tiverem oportunidade, metam-se num avião e descubram Roma. Pode ser que fiquem como eu, apaixonados e a babar por este dolce far niente.

A presto,

Filipa

Ps. Foram dez meses em que tive a oportunidade de descobrir este país maravilhoso e cidades como Firenze, Milano, entre outras. Mas estas ficam para os próximos posts :)