sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Keep calm and go to London

Pois é, eu bem disse que já tinha viagem marcada para começar bem 2014.
E não podia começar da melhor forma, finalmente vou a uma daquelas cidades que já estava na minha "check list" há muito muito tempo.
Vão ser seis dias em cheio e com muito passeio. Sair da cama bem cedo, aproveitar ao máximo o dia e só regressar ao hotel quando as pernas já não aguentam o cansaço.
Aqui o blogue também fica de férias mas podem sempre acompanhar-me no instagram.

A presto [ou melhor dizendo, see you soon],

Filipa

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Fábrica Paupério

































Quem me conhece sabe que eu adoro todo o tipo de bolachas e biscoitos. Seja qual for o feitio ou o tamanho, a verdade é que são boas em qualquer ocasião. São milagrosas para acompanhar as horas a fio a estudar, são perfeitas para andar na carteira e matar aquele buraquinho no estômago que vai surgindo durante o dia, são uma tentação quando estamos sentados no sofá a ver televisão.
Conhecer a Paupério foi, literalmente, um desejo tornado realidade. Foi chegar num dia frio de inverno a Valongo e sentir, ainda longe, aquele cheirinho de bolachas acabadas de sair do forno. Entrar pela porta principal da fábrica e dar de caras com um mundo totalmente novo. Eu só pensava "como é que estas pessoas aguentam um dia inteiro a fazer bolachas e não saem daqui a rebolar?". E acho que elas entraram mesmo na minha cabeça ou então os meus olhos falavam mais alto porque só me diziam "tire à vontade menina" ou "vá, tire mais uma". 
E se conhecer uma fábrica de bolachas é por si só uma ideia fantástica, ter tido o privilégio de ser a Paupério tornou tudo perfeito. Cá em casa, há quase sempre bolachas Paupério. Eram as bolachas da infância e da juventude dos meus pais e, desde que voltaram em força com as lojas gourmet e com as mercearias finas, a minha mãe compra sempre que tem oportunidade. E a verdade é que, desde que provei, não quero outra coisa. Portanto, chegar àquela fábrica e ver como são feitos os biscoitos que como todos os dias foi uma agradável surpresa. Mas o mais importante foi perceber que a Paupério é mais do que uma marca.
A Paupério tem uma longa história e já lá vão quase cento e quarenta anos. Passou pela monarquia, pela implantação da república, por uma ditadura. Passou por várias gerações e já se encaminha de chegar à sexta. Passou por altos e baixos e, felizmente, tive oportunidade de a conhecer numa fase excelente. Está a dar cartas dentro e fora do país e a exportação está de dia para dia a progredir. As receitas originais mantêm-se e o mais importante é mesmo a tradição. E isso faz a diferença. Afinal "o que é nacional é bom".
Se ainda não provaram nem fazem ideia do que é que eu estou a falar, não sei do que estão à espera. Eu prometo que não se vão arrepender. É que embora as bolachas do supermercado sejam excelentes (acreditem que eu sei), estas para além de serem deliciosas são portuguesas.
A minha sugestão? Os biscoitos de milho.

Loja Valongo
Rua Sousa Paupério, 71
Loja Rio Tinto
Rua Fernão Magalhães, 147/167
Loja Mercado Bom Sucesso
Praça do Bom Sucesso

A presto,

Filipa

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Sr Adriano

































É verdade que cada vez mais pessoas gostam de fotografia e de tudo o que esta envolve. E também é verdade que há muitas pessoas que percebem muito desta arte. Mas eu nunca conheci ninguém com uma paixão tão grande pelas máquinas fotográficas como ele.
O senhor Adriano abriu-me a porta de sua casa como se já me conhecesse há anos. Acolheu-me no primeiro minuto em que me instalei na sua casa, pronta para tirar fotografias e recolher alguns depoimentos sobre a sua vida. A verdade é que este ano na faculdade me deu a oportunidade de conhecer pessoas incríveis e o senhor Adriano foi seguramente uma delas.
A casa onde vive é, ao mesmo tempo, a sua oficina e o seu local de trabalho. Passa ali a maior parte do seu tempo e, rodeado de máquinas e maquinetas, é como se entrasse num mundo só dele. Tive o privilégio de entrar também nesse mundo. O senhor Adriano fala das máquinas fotográficas como se fossem relíquias e, da sua expressão, é evidente o amor incondicional que tem por elas. Este gosto nasceu de forma natural e era apenas uma forma de ocupar os tempos livres. Reparava máquinas de amigos e conhecidos mas, com o "passa a palavra", rapidamente teve mais pessoas a baterem-lhe à porta. Os anos foram passando e, até hoje, o senhor Adriano passa o seu tempo a fazer aquilo que mais gosta: dar uma nova vida às suas "meninas". E é mesmo assim que ele as chama. Isto porque ao passar pelas suas mãos, deixam de ser simples máquinas: têm o seu toque e o seu cunho pessoal. E é por isto que foi um prazer conhecê-lo. Tal como as máquinas, depois de passar aquele fim de tarde com o senhor Adriano, até eu fiquei com um sorriso de orelha a orelha. É que a doçura das suas palavras e aquele brilhozinho nos olhos ao falar das máquinas não deixa ninguém indiferente.
Se alguma vez precisarem de alguém que repare uma máquina fotográfica, ponho as mãos no fogo de como o senhor Adriano dá conta do recado. Agora deixo um aviso. Não se atrevam a levá-la lá passado um tempo num estado ainda pior porque o senhor Adriano é bem capaz de vos "fazer a folha".

A presto,

Filipa

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

[un giro per l'italia] Firenze






























Aproveitamos a ocasião do meu aniversário para sair um bocadinho de Roma e conhecer uma nova cidade. Já tinha estado em Florença uma vez mas, como foi durante uma manhã ou uma tarde, fiquei apenas com uma noção geral da cidade e com uma enorme vontade de voltar.
Saímos de Roma bem cedo e apanhamos o comboio. A viagem é bastante rápida mas o melhor é mesmo a paisagem. Durante uma hora e meia, os campos, as montanhas e aquele verde característico da Toscana são uma constante.
Chegar a Florença foi como uma lufada de ar fresco. O ambiente é totalmente oposto ao caos citadino ao qual Roma nos habituou. Não há tanto trânsito ou buzinadelas nem uma multidão de pessoas nas ruas. Considerada o berço do Renascimento italiano, Florença transmite uma verdadeira paz de espírito e respira arte por todos os poros. É a cidade natal de Dante e pode dizer-se que foi a musa inspiradora dos muitos artistas que por lá passaram: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Giotto, Botticelli e muitos outros. Por toda a cidade encontram-se obras destes artistas e, para quem gosta de arte, os museus são paragem obrigatória [os mais conhecidos são a Galleria degli Uffizi e Galleria dell' Accademia].
Como não é uma cidade muito grande, a melhor forma de a conhecer é a pé ou de bicicleta. Os monumentos e as atrações principais são bastante próximos uns dos outros. Atravessar a famosa Ponte Vecchio com as suas joalharias e ourives, subir até à Piazzale Michelangelo para ter uma panorâmica da cidade ou ficar completamente embasbacado pela imponência do Duomo são coisas que qualquer turista ou viajante deve fazer.
Para quem gosta de mercados, como eu, não deixem de visitar o Mercato Centrale e o Mercato di San Lorenzo. Encontram praticamente de tudo: fruta, vegetais e todo o tipo de prosciutto e formaggi num e os famosos artigos em pele "made in Italy" como carteiras e casacos no outro.
Mas o melhor mesmo na cidade é deixarmo-nos levar: passear pelas ruas típicas do centro histórico, sentar nos bancos das praças e captar ao máximo todos os detalhes.
Para quem tiver tempo, aproveitem um dia para visitar as proximidades. Pisa [com a famosa torre inclinada] ou Lucca são algumas das opções. Vou falar-vos delas num próximo post.

A presto,

Filipa

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Nunca é tarde para resoluções























Como sabem ando em altura de exames e entrega de trabalhos, por isso tem sido difícil vir aqui escrever e mostrar-vos coisas boas. Hoje consegui um tempinho para descansar e, como nunca é tarde para fazer resoluções, aqui estão as minhas para este novo ano.
Embora não coma passas, sempre levei muito a sério a tradição dos doze desejos. Afinal desejos nunca se desperdiçam não é? Em todas as vésperas de passagem de ano eu penso cuidadosamente naquilo que realmente desejo e escrevo num papel. No final do ano, vou sempre lá ver aquilo que consegui ou não.
Este ano decidi fazer uma coisa diferente. Mal se acabaram os festejos, eu pus mãos à obra e enterrei-me, com muita pena minha, nos livros e nos trabalhos. Portanto, os dias foram passando e eu fui adiando a minha tradição dos desejos. Mas como parecia sempre que me faltava qualquer coisa, hoje aproveitei o tempo que tive e decidi fazer antes as minhas resoluções para 2014. Este ano vai ser bastante diferente do anterior. Estou à espera de dias carregados de mudança e muitos desafios, não só porque vou começar um estágio mas também porque falta pouco para acabar o curso. Assim [e começando pelo fim da lista], uma das minhas resoluções é acabar o curso e arranjar um emprego. Deixei bem claro que quero um emprego e não um "trabalho" porque seria realmente fantástico conseguir um cargo no qual eu goste de trabalhar e num sítio que me faça levantar todos os dias e eu não tenha de pensar "Não acredito que tenho de ir trabalhar!". Eu bem sei que as coisas estão difíceis, muito mais para nós que somos jovens. Não há espaço para tantas pessoas e as oportunidades são escassas. Portanto, esta minha resolução é mais um desejo. Mas as oportunidades andam por aí e nunca se sabe se a minha força de vontade, aliada a um bocadinho de sorte, me traz alguma coisa. 
Outra resolução e na qual penso muitas vezes é dizer às pessoas o quanto gosto delas. Acho que às vezes nos esquecemos um bocadinho disso. Andamos tão preocupados com o trabalho e com certos problemas que nos acabamos por esquecer do que é realmente importante. Esta devia ser uma resolução para todos sem excepção, por isso vamos lá fazer um esforço. 
Outra coisa que ando sempre a magicar é pensar que gostava de sair mais de casa e passear. Às vezes, estou na preguiça no sofá e deixo-me ficar por casa. Ou então acabo por sair e fazer sempre as mesmas coisas e ir sempre aos mesmos sítios. Este ano gostava de mudar isso. Sair para passear e para conhecer um bocadinho mais desta cidade que, ultimamente, tem tanto para oferecer: os cafés, as lojas tradicionais, as hamburguerias, os bares, etc etc. O Porto está cada vez mais a tornar-se numa cidade que quase nos chama para sair de casa. Sair à tarde para lanchar e pôr a conversa em dia ou sair à noite para ir beber um copo e dançar.
Também não me quero esquecer que posso e devo fotografar mais. É, sem dúvida, uma área pela qual me interesso muito e gostava de explorar. Andar por aí com a máquina e ir fotografando o que me cativa. Também ligada à fotografia está uma das minhas grandes paixões: viajar. Este ano quero aproveitar ao máximo o tempo que tenho e viajar sempre que posso. Nem que isso signifique não comprar aquelas botas ou aquele vestido. Prefiro guardar o dinheiro e investir numa viagem, seja dentro ou fora de Portugal. Não há dinheiro mais bem gasto do que uma viagem. A minha próxima já está marcada, por isso não podia começar melhor o ano a cumprir esta resolução. Daqui a uns dias dou-vos novidades!
Por último, dedicar mais tempo a este blogue. Foi e está a ser o meu primeiro projeto pessoal e dá-me muito gozo fazê-lo. Estou ansiosa por vos dar a conhecer mais sítios e pessoas bonitas. E estou muito confiante de que isto pode crescer ainda mais. 

E vocês? Também fizeram resoluções de ano novo ou preferem pedir desejos?

A presto,

Filipa