quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Fábrica Paupério

































Quem me conhece sabe que eu adoro todo o tipo de bolachas e biscoitos. Seja qual for o feitio ou o tamanho, a verdade é que são boas em qualquer ocasião. São milagrosas para acompanhar as horas a fio a estudar, são perfeitas para andar na carteira e matar aquele buraquinho no estômago que vai surgindo durante o dia, são uma tentação quando estamos sentados no sofá a ver televisão.
Conhecer a Paupério foi, literalmente, um desejo tornado realidade. Foi chegar num dia frio de inverno a Valongo e sentir, ainda longe, aquele cheirinho de bolachas acabadas de sair do forno. Entrar pela porta principal da fábrica e dar de caras com um mundo totalmente novo. Eu só pensava "como é que estas pessoas aguentam um dia inteiro a fazer bolachas e não saem daqui a rebolar?". E acho que elas entraram mesmo na minha cabeça ou então os meus olhos falavam mais alto porque só me diziam "tire à vontade menina" ou "vá, tire mais uma". 
E se conhecer uma fábrica de bolachas é por si só uma ideia fantástica, ter tido o privilégio de ser a Paupério tornou tudo perfeito. Cá em casa, há quase sempre bolachas Paupério. Eram as bolachas da infância e da juventude dos meus pais e, desde que voltaram em força com as lojas gourmet e com as mercearias finas, a minha mãe compra sempre que tem oportunidade. E a verdade é que, desde que provei, não quero outra coisa. Portanto, chegar àquela fábrica e ver como são feitos os biscoitos que como todos os dias foi uma agradável surpresa. Mas o mais importante foi perceber que a Paupério é mais do que uma marca.
A Paupério tem uma longa história e já lá vão quase cento e quarenta anos. Passou pela monarquia, pela implantação da república, por uma ditadura. Passou por várias gerações e já se encaminha de chegar à sexta. Passou por altos e baixos e, felizmente, tive oportunidade de a conhecer numa fase excelente. Está a dar cartas dentro e fora do país e a exportação está de dia para dia a progredir. As receitas originais mantêm-se e o mais importante é mesmo a tradição. E isso faz a diferença. Afinal "o que é nacional é bom".
Se ainda não provaram nem fazem ideia do que é que eu estou a falar, não sei do que estão à espera. Eu prometo que não se vão arrepender. É que embora as bolachas do supermercado sejam excelentes (acreditem que eu sei), estas para além de serem deliciosas são portuguesas.
A minha sugestão? Os biscoitos de milho.

Loja Valongo
Rua Sousa Paupério, 71
Loja Rio Tinto
Rua Fernão Magalhães, 147/167
Loja Mercado Bom Sucesso
Praça do Bom Sucesso

A presto,

Filipa

Sem comentários:

Enviar um comentário